
Dois irmãos, Benjamim Pisco e José Luís Pisco, começaram a negociar Palitos em 1914. Em 1928 separaram-se e Benjamim Pisco, iniciou sozinho a comprar de palitos ao artesanato. Palitos feitos por famílias inteiras na freguesia de Lorvão, que os trocavam por bens de primeira necessidade (mercearia), nessa altura os palitos serviam como troca.
O principal mercado de venda era as grandes cidades, Lisboa e Porto, que ainda assim havia produto excedente.
Em 1962 entra José Pisco da Silva, que assenta grande parte do seu negócio em Lisboa.
Com o aumento da oferta de palitos, houve necessidade de procurar novos mercados, começando em 1965 a vender para Brasil, Argentina, e antigas colónias portuguesas, nomeadamente Cabo Verde, Angola e Moçambique.
Em 1968 com o aumento da procura dos palitos, o artesanato já não conseguia fornecer o suficiente para o mercado, com esta falta de produto, e com a entrada de Jorge Pisco (por falecimento de Benjamim Luís Pisco) na Sociedade, sentiram a necessidade de procurar novos fornecedores de palitos.
Em 1975, conseguiu-se estabelecer uma parceria com uma empresa espanhola para a venda de palitos feitos mecanicamente. Nesta altura e até meados de 1980, deslocavam-se a Espanha 3 vezes por mês, para garantir o fornecimento de um produto que mais ninguém tinha em Portugal, Palitos planos, palitos redondos.
Em 1983 com os conhecimentos obtidos e o fornecimento de máquinas espanholas para produzir palitos em Portugal mecanicamente, deu-se assim origem à Begal.
A produção da Begal foi adaptando-se ao solicitado pelo mercado interno e pela própria Espanha. Eram produzidos Palitos redondos, palitos planos, espetos, paus de gelado, abaixa línguas, etc. Foi uma época de ouro, pois conseguiu-se produzir o que se consumia no mercado Ibérico, permitindo ainda assim fazer exportações para Espanha, Antigas colônias.
Em 2000, entra como sócio da Begal, Paulo Pisco. Com a abertura das fronteiras europeias e com a necessidade de cumprir as normas industriais da antiga CEE e principalmente com o aparecimento dos produtos Asiáticos, houve necessidade de reconsiderar todo o investimento em máquinas de produção em Portugal. Passando-se a estabelecer parcerias com empresas Asiáticas, primeiro Japão, e só em 2005, China. Os preços destes países são tão competitivos e com uma qualidade acima do que produzíamos que em 2010, deixou-se de fabricar em Portugal. A Begal foi a última de 3 fábricas a deixar de fabricar em Portugal. Ficando apenas em território nacional o embalamento de palitos individuais.
Com a necessidade de diversificar os produtos comercializados pela Begal, e com sentido de responsabilidade ecológica, começamos a comprar talheres de madeira e agitadores de café, para substituição do mesmo produto em plástico. Nesse sentido, teremos necessidade de adquirir máquinas de embalamento nomeadamente de paletinas para que consigamos fazer o nosso próprio embalamento em Portugal, deixando de depender diretamente da China.



